Por Rogério Lima
"Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste
Vagos curiosos tomos de ciências ancestrais..."
Tal verso pertence a um dos mais célebres
poemas da Literatura Clássica Inglesa, “O Corvo”, de Edgar Allan Poe. Conhecido
pelos elementos góticos e grotescos em seus contos e livros, o autor tem seus últimos
dias de vida retratados no filme homônimo, que estreou na sexta-feira (18) nos
cinemas brasileiros.
O escritor norte-americano é vivido pelo
ator John Cusack (você talvez o conheça de outros papeis, como 2012 e Quero Ser John Malkovich), e sua trama começa a se desenrolar quando
misteriosos assassinatos são ligados ao seu trabalho literário. Quando o
detetive Fields (interpretado por Luke Evans) percebe a semelhança dos crimes
com as narrativas do autor, Poe é convidado a participar da investigação. Nesse
ponto, a namorada do escritor é sequestrada pelo serial killer, restando um curto espaço de tempo para que ele a
salve da morte eminente.
Com uma ou outra sacada na trama, “O Corvo”
é um filme para se distrair – e apenas isso. Não espere por grandes emoções,
sequências cheias de adrenalina ou atuações cativantes. O verdadeiro Edgar Allan Poe se reviraria no túmulo caso se visse transformado em um herói de filme de ação. Seu
personagem chega a ser algo caricato, com diálogos forçados e sem simpatia
alguma.
Apesar de possuir um roteiro um pouco
previsível, algumas cenas foram bem trabalhadas, como a do baile de máscaras. A fotografia, porém, poderia ser melhor trabalhada para dar o clima etéreo, já que trata-se de uma história de época. Ninguém precisa
conhecer Poe ou qualquer de suas obras para entender o filme, tornando-o mais aberto para todos os públicos. Seguindo essa linha mais abrangente,
o sangue e as mortes contidas no filme também transmitem essa vibe de “filminho
pro final de semana”. E é exatamente isso.
NOTA: 6,5
Assista aqui o trailer legendado do filme "O Corvo".
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